Arte e Herança cultural: Hiromi Nagakura em BH
Por Melissa Monteiro
Edição: Maria Julia Coelho
Entre a natureza e a ancestralidade, a fotografia de Nagakura tem chamado a atenção em todo Brasil, e agora mais especificamente, dos belorizontinos. Realizado pelo Instituto Tomie Ohtake e com a curadoria de parceiras como Angela Pappiani, Eliza Otsuka e Priscyla Gomes, a exposição dos cliques e demais obras de Hiromi Nagakura tomam conta do CCBB de Belo Horizonte neste mês de outubro, do dia 02/10 ao dia 30/11.
Trazendo diversos tipos de registros feitos nos mais diversos estados do país, como no Acre, Roraima, Mato Grosso, Maranhão, São Paulo e Amazonas, conta-se uma história sobre as viagens às aldeias em que o japonês e seu parceiro Krenak visitaram de 1993 a 1998. As fotografias e objetos expostos deixam aqueles que visitam a mostra deslumbrados “incrível, nos faz sentir que estamos na viagem com eles”, disse Otávio Oliveira, que passeava pelos corredores do museu. “Esses registros foram feitos há 31 anos. Em três décadas, conseguimos apagar uma boa parte daquele mundo de florestas e águas que aprendemos a chamar de Amazônia” contempla Ailton Krenak, dizendo tratar-se de uma Amazônia que já não existe mais.
Deixando sua marca no Rio de Janeiro e vindo em seguida para capital mineira, a abertura da exposição contou com os líderes indígenas Krikati e Huni Kuin, que aqui realizaram oficinas gratuitas, transmitiram conhecimento e promoveram o respeito às mais diferentes culturas. A exposição estará em Belo Horizonte até o final de outubro, e os visitantes garantem que a experiência vale a pena.
Funcionamento:
Exposição: “Hiromi Nagakura até a Amazônia”
Visitação: de 02/10 até 30/11 de 2024
Dias e horários: de quarta a segunda, das 10h às 22h
Local: Praça da Liberdade, 450, Funcionários, CCBB Galeria Térreo, Belo Horizonte
Valores: Entrada franca mediante a retirada de ingressos na plataforma do CCBB.