Mercado Distrital, por Kuru, fundador

Por Milena Andrade, João Pedro Bretas, Jhonnathan Anthony e Maria Julia Vieira

Criado em 2013 e inaugurado oficialmente como restaurante e casa de eventos só em 2014, na semana da Copa Do Mundo, o Mercado Distrital do Cruzeiro faz parte da vida dos estudantes e moradores da região.

O fundador e proprietário do Distrital, Maurílio Everton Pinheiro Lima, conhecido como Kuru, relata marcos da história do espaço multicultural conhecido por sediar eventos diversos, indo literalmente do hip hop ao samba.

Com um enorme galpão fechado durante oito anos, Kuru, em 2013, decidiu reviver o espaço vago dentro do Mercado do Cruzeiro, revitalizando-o para ser espaço que passaria a se estabelecer como representação multicultural e multi gastronômica de Belo Horizonte.

Com bagagem vinda da experiência profissional em diversos bares, restaurantes e eventos culturais, Kuru comandava o Distrital como um conjunto de estabelecimentos, contando com loja de pães, café e bar, como também loja de discos LP e discoteca pública com abertura semanal. Neste mesmo complexo realizava-se shows de Jazz, Blues, Chorinho e Samba, até que em 2015 foi procurado por uma produtora de eventos, dando início a uma  jornada de espetáculos e festas noturnas.

Estreia

Logo de início houve reclamações dos vizinhos, conta ele, mas deixando claro e em tom orgulhoso que o estabelecimento nunca teve grandes problemas como conflitos ou brigas, por exemplo, mantendo a reputação de local “family friendly” e com “filosofia suave”, como preferiu dizer.

Com uma estreia noturna de sucesso e cerca de 700 pessoas na casa, o empresário viu ali uma oportunidade de expandir o seu negócio. “Opa, desse mato sai coelho”, lembra. Assim, criou-se nova perspectiva e rotina para ambientação desse território ainda não desbravado. “Tive uma experiência muito boa, a estrutura é ótima e além de tudo achei um lugar bem seguro em todos os sentidos para fazer um evento”.

Programação

O Distrital soma dois mil eventos realizados com a presença de artistas mineiros de destaque como as bandas Skank e Jota Quest, e do eterno Erasmo Carlos que, em tom de brincadeira, foi citado como o maior artista recebido: “Quase dois metros”, brinca Kuru, em homenagem ao músico. Já os artistas da cena jovem atual, nomes como Djonga, Lagum, Sidoka, Silva e Mc Bin Laden, também se apresentaram no palco do Distrital.

Sofia Leandro, que participou do evento “Baile de Prima”, concorda que o espaço cultural é diferenciado, especialmente, devido à opção de usufruir da programação disponível em vários ambientes. “Achei diversificado, deu para curtir de formas diferentes durante o evento”.

Às quartas feiras, o forró anima um público de predominantemente acima de 35 anos, enquanto a festa Tersarrada, às terças-feiras – apenas em período de férias escolares – possui um público mais jovem, entre 18 a 25 anos. Mas e a galera +50? Como que fica? O produtor relata que tem planos de produzir eventos destinados ao público desta faixa etária que, muitas vezes, é esquecido.

“É difícil ter tanta gente como eu, com 54 anos e me sinto como se tivesse 25. Tem muita gente que vai viver até os 90 ou 100. O que esse pessoal faz quando se separa, ou quando quer sair pra esquentar a relação? Tem que ter evento pra dançar.”

O Distrital conta com uma equipe de quatro pessoas, distribuídos entre produção executiva, administração, marketing e gerência da casa, e sua única parceria fixa é com a Companhia Equilibrista, de produtos como GinGibre e Rubra. Funciona de sexta a quarta-Feira, com ensaios de bloco de carnaval às segundas, terças e quartas-feiras, restaurantes abertos durante horário de almoço e eventos noturnos do fim de semana.

Serviço

Endereço: Rua Ouro Fino, 452 – Cruzeiro, Belo Horizonte

Horário de Funcionamento:

Domingo e segunda-feira, das 7h às 13h.

Terça-feira a sábado, das 7h às 18h.

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