Por Thais Amorim

O alvoroço com a Copa do Mundo já é perceptível entre a população. Em todas as bancas no bairro Cruzeiro, região centro-sul da capital, a procura aumenta diariamente. Os pontos de venda estão com o estoque reduzido.

Neste ano, com toda a participação de influenciadores, o simples ato de colecionar figurinhas está em outro patamar. Com o fato de ter se tornado viral nas redes sociais, o consumo e a procura tem aumentado. “Isso é o que mais está sendo vendido no momento, é a febre, o que tá salvando as vendas”, afirma Angélica Aleixo, vendedora de uma banca de revistas no bairro Cruzeiro, próximo a Drogaria Araújo, na altura do número 2.700, na região centro- sul.

Mas ainda é possível perceber as consequências da pandemia dentro do contexto econômico enfrentado pelo setor editorial. “Com a pandemia, as vendas caíram, minha banca deixou de ter tantas revistas e publicações. Para sobreviver, tive que me reinventar, buscando outras mercadorias para vender”, destaca Angélica. 

O fato de as grandes editoras terem digitalizado seus produtos também é outro ponto que dificulta as vendas nas bancas de revistas. “O maior problema é a falta dos produtos, jornais e revistas. A maioria agora é digital e isso complica nosso trabalho”, relata José Augusto, dono de uma banca de revistas no bairro Cruzeiro, próxima ao Museu dos Brinquedos.